Às vésperas da entrada em vigor do “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo público para que o presidente Donald Trump reflita sobre a importância do Brasil como parceiro comercial e estratégico. A declaração de Lula, que ocorre em um momento de alta tensão diplomática, busca sensibilizar a Casa Branca antes que as novas tarifas entrem em vigor em 1º de agosto.
A fala do presidente brasileiro é uma tentativa de última hora para evitar ou mitigar os impactos da taxação de 50% sobre produtos brasileiros, que já foi confirmada por um secretário do governo Trump sem possibilidades de prorrogação. Lula, que anteriormente pediu a seus ministros uma postura “firme” e “sóbria” em debate com os EUA, tem classificado a revogação de vistos de ministros brasileiros como uma “medida arbitrária”.
Apesar de o governo defender um trabalho de “bastidor” para negociar o “tarifaço”, a declaração de Lula demonstra que a preocupação com os impactos econômicos e a relação bilateral está em seu ponto mais alto. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a citar a possibilidade de uma “3ª Guerra Mundial” ao falar sobre tarifas, evidenciando a gravidade do cenário.
A pressão para que Lula estabeleça um diálogo direto com Trump tem aumentado, com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, cobrando que o líder brasileiro ligue para o presidente americano. Enquanto isso, um jornal dos EUA já sugere que o “bullying de Trump contra o Brasil está saindo pela culatra”, fortalecendo a união interna do país e a busca por novas alianças. O Senado, inclusive, adiantou uma missão aos EUA na tentativa de barrar a taxação.
O apelo de Lula a Trump, enfatizando a importância do Brasil, busca ressaltar o peso da relação bilateral e os potenciais prejuízos mútuos de uma guerra comercial prolongada.
