A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), mostra que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 48%, enquanto a desaprovação caiu para 49%. É o melhor resultado do governo em 2025, segundo o levantamento.
O instituto ouviu 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro, em entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Em setembro, a aprovação estava em 46% e a desaprovação em 51%. O novo resultado mostra uma leve recuperação da imagem do governo e praticamente um empate técnico entre aprovação e rejeição.
Melhora gradual
Desde o início do ano, Lula vinha apresentando queda na popularidade. Em março, apenas 41% aprovavam o governo, índice que chegou a 40% em maio. A recuperação começou no segundo semestre, com pequenas altas sucessivas até chegar aos 48% atuais.
De acordo com analistas da Quaest, a retomada é impulsionada por fatores como a queda na percepção de alta dos preços de alimentos, melhora nas expectativas econômicas e a reação diplomática firme ao “tarifaço” dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que teria reforçado a imagem internacional do país.
A pesquisa também mostra melhora entre eleitores de renda mais baixa e no Nordeste, regiões onde Lula tradicionalmente mantém seus melhores índices.
Desafios
Apesar da recuperação, o governo ainda enfrenta resistência no Sudeste e no Sul, onde a desaprovação permanece acima da média nacional. Entre eleitores com ensino superior e renda mais alta, a imagem do governo também segue negativa.
O cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, avaliou que o momento é de “estabilidade com leve viés de melhora”. Segundo ele, o governo conseguiu “recuperar parte do apoio perdido no início do ano”, mas ainda enfrenta “grandes desafios para reconquistar o eleitorado mais crítico e urbano”.
Com o avanço registrado em outubro, Lula chega ao fim do terceiro trimestre com o melhor desempenho de aprovação do ano e volta a ter índices próximos aos do início de seu mandato.