Introdução
Neste domingo, 7 de janeiro, a orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi palco de uma expressiva manifestação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento, que integrou uma mobilização nacional com atos simultâneos em diversas capitais, reuniu milhares de participantes em torno de pautas como anistia para condenados pelos eventos de 8 de janeiro, liberdade de expressão e críticas ao Poder Judiciário.
Desenvolvimento
A manifestação foi marcada por um cenário de bandeiras do Brasil, cartazes e discursos de figuras políticas e religiosas. Os organizadores do ato, liderados pelo pastor Silas Malafaia e outras representações religiosas, conduziram uma programação que começou com a execução do Hino Nacional. O deputado federal Alexandre Ramagem, réu em processo por suposto golpe de Estado ao lado do ex-presidente Bolsonaro, foi o primeiro a discursar, defendendo a anistia para os envolvidos nos episódios de janeiro e criticando decisões do Supremo Tribunal Federal.
Durante o evento, foram exibidas mensagens de apoio ao ex-presidente norte-americano Donald Trump e cartazes com duras críticas ao STF, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. Um momento significativo foi a reprodução de um áudio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no qual ela alegou existir perseguição política contra o grupo. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, manifestou solidariedade ao ex-presidente e liderou coros com frases como “Bolsonaro inocentado” e “Não existe golpe”.
O senador Flávio Bolsonaro encerrou os discursos com uma declaração impactante: “Não existe anistia criminal sem anistia eleitoral”, provocando reação entusiástica da multidão, que respondeu com gritos de “Fora Moraes”. A manifestação, que se estendeu até as 13 horas, também serviu como plataforma para a defesa de liberdades individuais e questionamentos sobre a atuação de instituições judiciais.
Conclusão
A mobilização em Copacabana reflete a permanência de um movimento político significativo no país, organizado em torno de figuras-chave e pautas específicas. O evento demonstrou capacidade de articulação nacional e destacou demandas por revisão de processos judiciais e mudanças no tratamento de condenações relacionadas a eventos políticos recentes. A manifestação encerrou-se de forma pacífica, deixando claro que estes grupos continuam ativos e vocalizando suas posições no espaço público.