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Análise: Moraes antecipa saída de Bolsonaro da política

A decisão de Alexandre de Moraes de impor prisão domiciliar a Jair Bolsonaro não é apenas um ato jurídico — é um movimento político calculado. Ao manter o ex-presidente fora das ruas e sob vigilância, Moraes acelera o processo de enfraquecimento da principal liderança da direita brasileira.

Mesmo inelegível até 2030, Bolsonaro ainda era visto como figura central na articulação da oposição. Suas aparições públicas e reuniões com aliados mantinham vivo o seu capital político. Com a restrição domiciliar, Moraes tira de cena o corpo — e, pouco a pouco, o peso simbólico.

Essa estratégia esvazia a narrativa de perseguição sem a necessidade de uma prisão tradicional, evitando agitações populares mais severas. É um xeque-mate silencioso: Bolsonaro segue livre, mas imobilizado. E o recado é claro para a base conservadora — a Justiça está no comando do tabuleiro.

Resta saber se o bolsonarismo sobrevive sem Bolsonaro livre. Porque, neste ritmo, Moraes não está apenas punindo um ex-presidente. Está redesenhando o futuro da política brasileira.

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