O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizou palavras de forte impacto para descrever a atuação de um grupo que age de forma “covarde e traiçoeira” contra a Corte e a democracia. A declaração foi feita durante um discurso na retomada dos trabalhos do STF, em um momento de alta tensão política e jurídica no país.
A fala de Moraes é uma resposta direta à aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos, que o sancionou por supostas violações de direitos humanos e corrupção. O ministro afirmou que a sanção é resultado de uma ação “traiçoeira” de uma “organização criminosa”.
Ele também reforçou que nem o STF, nem a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) “se vergarão a essas ameaças”, e que as ações penais prosseguirão.
A aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes gerou reações divergentes no Brasil. O presidente Lula classificou a sanção como um “ato violento e arrogante” e manifestou sua solidariedade a Moraes e ao STF. Já políticos alinhados a Jair Bolsonaro, como o deputado federal Sóstenes Cavalcante, comemoraram a sanção, dizendo que os EUA fizeram “o que o Senado brasileiro não teve coragem de fazer”.
A postura de Moraes em classificar as ações como “covardes e traiçoeiras” e sua determinação em prosseguir com os julgamentos indica que a Corte não recuará diante das pressões externas e internas.