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Governo Defende Trabalho de “Bastidor” Para Negociar Tarifaço com EUA

Diante da crescente tensão comercial e diplomática com os Estados Unidos, o governo brasileiro, por meio de seus porta-vozes, tem defendido a importância de um trabalho de “bastidor” e discreto para negociar o “tarifaço” imposto por Donald Trump. A estratégia visa desarmar a crise sem escalar a retórica publicamente, buscando soluções por meio de canais diplomáticos menos expostos.

A postura de defender os “bastidores” vem em contraponto à publicização das ações de ambos os lados, que têm alimentado a polarização. O presidente Lula, embora tenha classificado a revogação de vistos de ministros como “medida arbitrária” e pedido postura “firme” e “sóbria” aos ministros, também enfatiza a diplomacia como a melhor ferramenta para resolver impasses.

A missão adiantada do Senado aos EUA para tentar barrar a taxação de 50% é um exemplo dessa busca por diálogo em diferentes frentes. A iniciativa parlamentar, que terá o apoio da diplomacia, visa justamente abrir canais diretos com o Congresso americano para tentar reverter as medidas protecionistas.

A defesa do trabalho “nos bastidores” pode ser uma tentativa de evitar que a crise se torne ainda mais refém da retórica política de ambos os lados – tanto do governo Trump, que retirou os EUA da Unesco acusando a organização de ser “ideológica”, quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem acusado Lula e o ministro Alexandre de Moraes de estimularem a tensão com os EUA. O próprio bullying de Trump contra o Brasil estaria saindo pela culatra, segundo um jornal dos EUA, fortalecendo a união interna e a busca por novas alianças internacionais.

O governo busca, com essa abordagem mais discreta, proteger os setores econômicos afetados pelo “tarifaço”, como o agronegócio, e encontrar soluções práticas que evitem um aprofundamento da crise sem que as negociações sejam constantemente politizadas.

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