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Lula Classifica Revogação de Vistos de Ministros como “Medida Arbitrária”

Brasília, 19 de julho de 2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como uma “medida arbitrária” a decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos de entrada de alguns ministros de seu governo. A declaração, feita em um evento público, eleva o tom da crise diplomática entre Brasil e EUA, já tensionada pelo “tarifaço” imposto por Washington.

Embora o governo americano não tenha se pronunciado oficialmente sobre a revogação de vistos específicos, nem detalhado os motivos, a fala de Lula confirma os rumores que circulavam nos bastidores diplomáticos. Fontes próximas ao Palácio do Planalto indicam que a medida teria atingido ministros diretamente envolvidos nas discussões sobre as relações com os EUA, incluindo aqueles que defendem medidas de reciprocidade às tarifas.

“É inaceitável que um país amigo adote uma medida tão arbitrária contra membros de um governo legitimamente eleito. Isso não é uma atitude de quem busca o diálogo e o respeito mútuo”, afirmou Lula, visivelmente incomodado com a situação. A reação do presidente sugere que a medida foi interpretada como uma forma de pressão ou retaliação às críticas brasileiras e à postura de defesa da soberania nacional.

A revogação de vistos de autoridades de alto escalão é um movimento diplomático raro e grave, que sinaliza um aprofundamento da crise nas relações bilaterais. A ação ocorre em um momento em que o Senado Federal adiantou uma “missão” aos EUA para tentar evitar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, e em que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem acusado Lula e o ministro Alexandre de Moraes de estimularem a tensão com os americanos.

O Itamaraty, que já vinha monitorando a situação, deve se pronunciar formalmente sobre o caso nos próximos dias, e não está descartada a adoção de medidas recíprocas por parte do Brasil. A crise diplomática, que começou no campo comercial, agora se estende para o âmbito da livre circulação de autoridades, colocando um desafio ainda maior para a diplomacia brasileira.

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