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INSS: “Brasileiros vão pagar pelo roubo duas vezes”, diz líder do PL

O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), fez uma forte crítica ao governo federal em relação às fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afirmando que os “brasileiros vão pagar pelo roubo duas vezes”. A declaração ocorre em meio às discussões sobre o ressarcimento das vítimas e a origem dos recursos para isso.


A Crítica do Líder do PL

Segundo Sóstenes Cavalcante, a primeira vez que os brasileiros “pagam” é ao serem roubados nos descontos indevidos em seus benefícios do INSS. A segunda, seria agora, com a necessidade de o governo abrir crédito extraordinário por Medida Provisória para viabilizar o ressarcimento às vítimas.

“Era tudo o que o PT gostaria. Os brasileiros vão pagar pelo roubo duas vezes. O Governo não conseguiu ainda ir atrás de quem roubou e recuperar o dinheiro roubado”, afirmou o deputado à CNN. Ele argumenta que o trabalhador já foi lesado e, agora, terá que contribuir com impostos para “ajudar” o governo a cobrir o rombo.

A crítica de Sóstenes Cavalcante reflete a posição da oposição, que tem cobrado maior responsabilização e transparência sobre o escândalo das fraudes, além de questionar a forma como o ressarcimento será feito. A oposição chegou a protocolar um pedido de CPI para investigar a fraude bilionária do INSS.


O Contexto das Fraudes e do Ressarcimento

As fraudes no INSS, que envolvem descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas por parte de associações e sindicatos, são estimadas em bilhões de reais. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) têm atuado para desbaratar os esquemas, e quase R$ 3 bilhões em bens e valores de investigados já foram bloqueados pela Justiça Federal.

O governo, por sua vez, anunciou que o ressarcimento aos beneficiários lesados deve começar a partir de 24 de julho de 2025. A Advocacia-Geral da União (AGU) argumenta que é preciso abrir um crédito extraordinário via Medida Provisória, “dada a urgência e a imprevisibilidade do cenário que se revelou a partir das investigações policiais”.

A questão da fraude no INSS tem gerado uma intensa “guerra de narrativas” entre o governo e a oposição. Enquanto o governo aponta que as fraudes tiveram origem em gestões anteriores e estão sendo combatidas agora, a oposição responsabiliza a atual gestão por não ter agido antes ou por sua suposta ineficiência em reaver o dinheiro dos golpistas.

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