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Paraná Pesquisas: 30% atribuem fraude do INSS a Lula e 12% a Bolsonaro

Uma nova pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada no sábado, 28 de junho de 2025, revelou a percepção da população brasileira sobre a responsabilidade pelas fraudes e desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os dados mostram que uma parcela significativa dos brasileiros atribui a culpa à atual gestão e ao governo anterior.


Quem é Visto como Responsável pelas Fraudes?

De acordo com o levantamento, para 30,6% dos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o principal responsável pelas fraudes nos benefícios do INSS.

Em segundo lugar, com 25% das menções, aparecem os próprios funcionários do INSS.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é apontado como responsável por 12% dos entrevistados.

Outras atribuições de responsabilidade incluem:

  • Sindicatos/associações: 7,1%
  • Congresso Nacional: 0,9%
  • Todos: 3,3%
  • Outras citações: 1,2%

Um total de 19,9% dos entrevistados não souberam responder ou não opinaram.


Conhecimento do Escândalo e Perfil dos Entrevistados

A pesquisa também apontou que a grande maioria dos entrevistados tem conhecimento do escândalo de fraudes. Quase a totalidade (90,5%) afirmou ter tomado conhecimento dos desvios, enquanto apenas 9,5% disseram não saber do caso.

O levantamento foi realizado entre os dias 18 e 22 de junho de 2025, com uma amostra de 2.020 eleitores em 26 estados e no Distrito Federal. O grau de confiança da pesquisa é de 95%, com uma margem de erro estimada de 2,2 pontos percentuais para os resultados gerais.

Por perfil, a pesquisa indicou que, entre os homens, 35% atribuíram a Lula a responsabilidade, enquanto entre as mulheres esse percentual foi de 26,5%. Os idosos foram os que menos associaram a Lula a responsabilidade pela fraude (27,9%), enquanto a maior parcela dos que o associam ao esquema está entre 25 e 34 anos de idade (mais de 33%).


Contexto da Crise e Narrativas

O escândalo de fraudes no INSS tem gerado uma intensa “guerra de narrativas” entre o governo e a oposição. O governo Lula tem defendido que as fraudes começaram em gestões anteriores, especialmente entre 2019 e 2022, mas que foram reveladas e estão sendo combatidas pela atual administração, com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) agindo para desbaratar os esquemas. O governo prevê iniciar os ressarcimentos aos beneficiários lesados a partir de 24 de julho.

Já a oposição, principalmente ligada ao ex-presidente Bolsonaro, tem utilizado o tema para criticar a gestão atual, acusando o governo de incompetência ou omissão em proteger os beneficiários.

A pesquisa do Paraná Pesquisas mostra que, apesar das defesas do governo, uma parte significativa da população ainda associa a responsabilidade pelas fraudes à atual gestão, indicando que a narrativa governista de culpar o passado não tem sido totalmente bem-sucedida em influenciar a percepção pública.

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