Uma nova reforma eleitoral está ganhando tração no Congresso Nacional, com parlamentares de diferentes partidos articulando propostas que podem redesenhar o sistema político brasileiro antes das eleições de 2026. As discussões se concentram em dois pilares principais: a adoção do voto distrital misto e novas regras para o financiamento público de campanhas.
A proposta do voto distrital misto tem sido o centro das atenções. Esse sistema combina elementos do voto majoritário (onde o eleitor vota diretamente em um candidato por seu distrito) e do voto proporcional (onde a outra parte dos votos vai para listas fechadas dos partidos, preenchendo as vagas restantes). Defensores argumentam que o modelo aproximaria o eleitor do candidato, daria mais peso à representação regional e poderia reduzir os custos de campanha. Críticos, por sua vez, apontam para a complexidade da sua implementação e possíveis desvantagens para partidos menores.
Paralelamente, o debate sobre o financiamento público de campanhas também está aquecido. Após as experiências com o Fundo Eleitoral e o Fundo Partidário, o Congresso busca aperfeiçoar as regras para garantir mais transparência, equidade na disputa e reduzir a dependência de grandes doações. Há propostas para aumentar ou diminuir os valores destinados, bem como para definir critérios mais claros de distribuição.
Os defensores da reforma argumentam que as mudanças são essenciais para melhorar a representatividade, fortalecer os partidos políticos e aprimorar a qualidade da democracia. No entanto, a aprovação de uma reforma dessa magnitude exige ampla negociação e consenso, dadas as diferentes visões e interesses das diversas bancadas.
Com a proximidade do prazo para alterações nas regras eleitorais antes do próximo pleito presidencial e legislativo, as movimentações no Congresso prometem ser intensas nas próximas semanas e meses. O resultado dessas discussões poderá definir como o Brasil vai eleger seus representantes nos próximos anos.