A Comissão Europeia propôs na quarta-feira confiscar os bens russos na Europa, congelados desde o início da guerra, para financiar ajuda à Ucrânia. O governo da Rússia prometeu nesta quinta-feira (4) uma “dura resposta” caso isso aconteça, e um aliado do presidente Vladimir Putin falou que tal ação justificaria uma declaração de guerra contra os europeus. Após meses de deliberação, o órgão executivo da União Europeia propôs o uso sem precedentes dos ativos russos congelados para levantar 90 bilhões de euros (cerca de R$ 557,6 bilhões) para a Ucrânia.
No entanto, a proposta esbarra em desavenças entre os membros do bloco. A Bélgica, que detém a maior parte dos ativos russos, levantou uma série de preocupações legais e disse não estar convencida da proposta. ( Isso são 90 bilhões de euros.
O restante seria coberto pelos parceiros internacionais. ) Como pressão é a única linguagem à qual o Kremlin responde, também podemos aumentá-la. Precisamos elevar os custos da guerra pela agressão de (Vladimir) Putin, e a proposta de hoje nos dá os meios para isso”, afirmou a chefe da UE, Ursula von der Leyen.
O confisco de bens russos hospedados na UE para custear os custos militares da Ucrânia na guerra é alvo de debates desde o início do conflito, quando o Exército russo invadiu o território ucraniano em fevereiro de 2022. Desde então, no entanto, apenas os juros desses bens estavam sendo repassados a Kiev, o que gerava entre 3 e 5 bilhões de euros (entre R$ 18,5 e 31 bilhões) por ano.