Derrite é politicamente próximo de Hugo Motta, que é filiado ao mesmo partido do governador Tarcísio de Freitas. Na sua volta em definitivo à Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (1°) após deixar o comando da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite encara dois projetos como foco da sua atuação parlamentar: a PEC da Segurança Pública e o Projeto Antifacção, já relatado por ele antes de ir ao Senado, onde tramita atualmente. Sobre o Projero Antifacção, Derrite disse à GloboNews nesta segunda que a sua ideia é ser novamente o relator da matéria.
Quando da primeira votação na Câmara, a relatoria de Derrite foi marcada por polêmicas. Seis versões diferentes do texto foram apresentadas por ele e houve a tentativa de criar novos tipos penais contra faccionados e milicianos dentro da Lei Antiterrorismo, ideia abandonada após negociação política articulada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, com membros do governo Lula. Para ser relator outra vez, Derrite tem a favor dele o histórico da própria Câmara em situações desse tipo.
Ele antecipou em quatro meses o período limite que teria no governo paulista. Eventuais candidatos que tenham cargos públicos devem deixar os postos até março do ano que vem para poder se candidatar em outubro. Ele optou por negociar com Tarcísio a saída antes do prazo legal.