As fortes chuvas que atingem o Sudeste Asiático nas últimas semanas já resultaram em mais de 1.100 mortos e deixaram dezenas de milhares de desabrigados, segundo balanços atualizados de autoridades locais e organismos internacionais. Os temporais, intensificados por ciclones tropicais e pela temporada de monções, provocaram enchentes de grande escala e deslizamentos que arrasaram comunidades inteiras.
A Indonésia é o país com o maior número de vítimas até o momento, registrando ao menos 604 mortos e cerca de 464 desaparecidos, com povoados isolados e infraestrutura gravemente danificada.
No Sri Lanka, as enchentes já deixaram cerca de 355 mortos, além de milhares de pessoas sem acesso a serviços básicos após o transbordamento de rios e deslizamentos.
A Tailândia contabiliza ao menos 176 mortes, sobretudo no sul do país, onde áreas residenciais foram destruídas e parte da população precisou ser evacuada.
Na Malásia, apesar de um número menor de vítimas fatais, enchentes repentinas e danos estruturais levaram milhares de moradores a procurarem abrigo temporário.
Ao todo, governos estimam que dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. Equipes militares seguem mobilizadas para resgates, buscas e transporte de suprimentos. Em muitas regiões, a destruição de pontes e estradas impede o acesso terrestre, e o socorro depende de helicópteros e embarcações.
Previsão indica riscos elevados até o início de 2026
Meteorologistas alertam que, até o início de 2026, grande parte do Sudeste Asiático deve continuar enfrentando chuvas acima da média, influenciadas pela La Niña e por sistemas atmosféricos ainda ativos. Com o solo saturado e a infraestrutura fragilizada, há risco de novos deslizamentos, enchentes e interrupções no trabalho de socorro, mantendo a região em estado de alerta prolongado.