A cidade de Belém amanheceu nesta segunda-feira (10) no centro das atenções globais. Começa hoje oficialmente a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), evento que reunirá representantes de quase 200 países até o dia 21 de novembro. Pela primeira vez na história, a conferência acontece na Amazônia, o que dá ao encontro um forte simbolismo ambiental e político.
A expectativa é grande para a cerimônia de abertura, marcada para o início da tarde, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do secretário-geral da ONU, António Guterres. O discurso de Lula deve destacar o papel do Brasil na preservação das florestas e na transição energética, além de reforçar a responsabilidade das nações desenvolvidas no financiamento de políticas climáticas.
Segundo a programação oficial, o primeiro dia da COP será dedicado a pronunciamentos de chefes de Estado e de representantes de organismos internacionais. A partir de terça-feira (11), começam as rodadas de negociações técnicas que devem abordar temas como redução de emissões de carbono, transição energética e financiamento climático para países mais vulneráveis.
Belém vive uma mobilização inédita. Hotéis lotados, segurança reforçada e delegações circulando por toda a cidade refletem a dimensão global do evento. A conferência deve reunir cerca de 70 mil pessoas, incluindo autoridades, cientistas, ambientalistas e jornalistas de todo o mundo.
O governo brasileiro aposta na COP30 como uma oportunidade para consolidar a imagem do país como protagonista na agenda ambiental. Nos bastidores, a expectativa é de que o Brasil apresente novas metas de redução de emissões e políticas de incentivo à bioeconomia amazônica.
Além dos debates oficiais, dezenas de eventos paralelos e manifestações de movimentos sociais estão programados para ocorrer ao longo do dia, reforçando a cobrança por compromissos concretos diante do avanço da crise climática.
Com o início da COP30, Belém se transforma por alguns dias na capital mundial do clima. A atenção global está voltada à Amazônia, onde se espera que palavras deem lugar a ações que possam garantir um futuro sustentável para o planeta.
