Os institutos meteorológicos emitiram um alerta para a formação de um ciclone extratropical que deve atingir a Região Sul do Brasil a partir da sexta-feira (7). O fenômeno, originado a partir de uma área de baixa pressão que se desloca da Argentina e do Uruguai, pode provocar chuvas volumosas e ventos que ultrapassam os 100 km/h em algumas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
De acordo com informações da MetSul Meteorologia e da Climatempo, a chamada ciclogênese extratropical deve se intensificar rapidamente, com pressão atmosférica mínima entre 990 hPa e 993 hPa, configurando um sistema de forte intensidade. O dia mais crítico do evento deve ser a sexta-feira, com impactos que se estendem até o fim de semana.
Regiões mais afetadas
Os primeiros efeitos do ciclone devem ser sentidos no oeste e noroeste do Rio Grande do Sul ainda na madrugada de sexta, avançando em direção à Serra Gaúcha, região metropolitana de Porto Alegre e litoral ao longo do dia. Em Santa Catarina, o sistema deve atuar entre a tarde de sexta e o sábado, atingindo principalmente o litoral sul e áreas de serra.
O Paraná também pode registrar ventos fortes e chuvas, mas de menor intensidade em comparação aos estados vizinhos.
Riscos e impactos previstos
Os meteorologistas alertam para ventos muito fortes, chuva intensa e ressaca no litoral. Há possibilidade de granizo isolado, destelhamentos, queda de árvores e interrupções no fornecimento de energia elétrica em regiões mais expostas.
Nas áreas costeiras, o mar deve ficar agitado, com ondas superiores a 3 metros, aumentando o risco de ressaca e perigo para navegação. A Marinha do Brasil já monitora o avanço do sistema e deve emitir novos comunicados ao longo da semana.
Orientações das autoridades
A Defesa Civil recomenda que a população evite locais abertos durante tempestades, não se abrigue debaixo de árvores e desconecte aparelhos eletrônicos da tomada em caso de raios.
Moradores de áreas de risco devem ficar atentos a sinais de alagamentos ou deslizamentos e seguir as orientações locais.
“Embora o fenômeno seja extratropical, sua intensidade pode ser comparável à de sistemas tropicais severos. A população precisa estar atenta e seguir os alertas oficiais”, destacou a MetSul em comunicado.
Monitoramento
O fenômeno deve começar a perder força a partir de domingo (9), com a estabilização do tempo no início da próxima semana. Mesmo assim, os meteorologistas reforçam a necessidade de acompanhar as atualizações dos boletins oficiais, pois a trajetória e a intensidade do sistema ainda podem variar.