O furacão Melissa, que atingiu a Jamaica na tarde de ontem (28), provocou danos significativos e segue em direção a Cuba. Apesar do enfraquecimento para categoria 3, o sistema ainda apresenta risco elevado de chuvas fortes, deslizamentos e maré de tempestade.
Devastação na Jamaica
Melissa atingiu a costa sudoeste da Jamaica próximo à localidade de New Hope, com ventos sustentados de aproximadamente 295 km/h, tornando-se um dos mais potentes já registrados no país.
As autoridades jamaicanas relatam: Mais de 500.000 residências ficaram sem energia elétrica.Hospitais sofreram danos significativos; ao menos uma unidade precisou evacuar pacientes.Estradas foram bloqueadas por deslizamentos e inundações.O primeiro-ministro Andrew Holness declarou que “não há infraestrutura na região que suporte um furacão de categoria 5”.Comunidades permanecem isoladas, e equipes de resgate enfrentam dificuldades para acessar áreas inundadas.
Avanço para Cuba
Após devastar a Jamaica, Melissa seguiu rumo a Cuba, já com intensidade reduzida para categoria 3, com ventos estimados em 185 km/h.
O governo cubano evacuou cerca de 735.000 pessoas das províncias orientais, incluindo Granma, Santiago de Cuba e Guantánamo, em antecipação ao impacto. Apesar da queda de categoria, o furacão continua perigoso devido à combinação de ventos fortes, chuva intensa e risco de deslizamentos.
Perigos Persistentes
Mesmo com a diminuição da força, Melissa permanece uma ameaça por vários motivos:Chuvas torrenciais podem causar inundações severas, especialmente em regiões montanhosas.
Maré de tempestade eleva o nível do mar em áreas costeiras, agravando o risco de enchentes.A infraestrutura danificada na Jamaica e vulnerável em Cuba aumenta os impactos. A passagem prolongada do furacão intensifica os efeitos cumulativos do vento e da chuva.
Próximos Desafios
As autoridades jamaicanas e cubanas enfrentam agora o desafio de restaurar serviços essenciais, proteger a população e avaliar os danos causados pelo furacão. Além disso, o avanço de Melissa em direção a outras ilhas do Caribe exige monitoramento contínuo e ações preventivas, enquanto equipes de resgate e ajuda humanitária seguem mobilizadas.
