O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tiveram nesta quinta-feira (16) uma ligação de mais de duas horas, na qual discutiram a guerra na Ucrânia, relações comerciais e segurança internacional. O diálogo foi classificado por ambos como “produtivo” e resultou no acordo para realizar um encontro presencial em Budapeste, na Hungria, nas próximas semanas.
A conversa foi confirmada pela Casa Branca e pelo Kremlin. Segundo Trump, a reunião visa “abrir caminho para um cessar-fogo e um acordo de reconstrução”. Putin, por sua vez, afirmou que o contato ocorreu em clima “respeitoso e construtivo”, e que ambos os países têm interesse em “reduzir tensões e restaurar canais de cooperação”.
O encontro será o segundo entre os dois líderes neste ano, após a reunião de agosto no Alasca, que terminou sem avanços significativos. Desta vez, Budapeste foi escolhida por se tratar de território considerado neutro e próximo de ambos os eixos geopolíticos.
Além da guerra na Ucrânia, Trump e Putin discutiram o futuro das sanções econômicas impostas à Rússia, bem como o papel dos Estados Unidos na mediação de negociações de paz. Assessores norte-americanos confirmaram que o secretário de Estado, Marco Rubio, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, devem se reunir nos próximos dias para preparar a cúpula.
A ligação ocorreu um dia antes da visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca, marcada para sexta-feira (17). Trump deve apresentar a Zelensky detalhes da conversa com Putin e avaliar o pedido ucraniano de novos armamentos de longo alcance.
Analistas apontam que o gesto de aproximação entre Washington e Moscou pode representar uma tentativa de reposicionar os Estados Unidos como mediadores diretos do conflito, ainda que as divergências sobre o uso de mísseis e o controle territorial permaneçam intensas.
Até o momento, não há data definida para a cúpula em Budapeste, e o Kremlin não confirmou oficialmente os termos do encontro.