Na manhã desta terça-feira (14), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento do chamado Núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O grupo é composto por sete réus acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de promover campanhas de desinformação, ameaças e articulações contra a democracia.
Entre os acusados estão militares da reserva, agentes de inteligência e operadores civis que, segundo a denúncia, criaram redes para espalhar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e incentivar rupturas institucionais.
Os réus são: Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Reginaldo Vieira de Abreu, Marcelo Araújo Bormevet e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha. Todos respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, com julgamento conduzido pelo ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma. As sessões ocorrem nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro, e as defesas terão direito a sustentações orais antes dos votos dos ministros.
Caso sejam condenados, os réus não serão presos de imediato, já que ainda cabem recursos. Este é o segundo núcleo da trama golpista a ser julgado, o primeiro incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, já condenados.
O julgamento é visto como um teste para o STF diante das tentativas de desinformação e ataques às instituições que marcaram o período eleitoral de 2022.