O custo da cesta básica ficou mais baixo em 22 das 27 capitais brasileiras no mês de setembro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A redução, puxada principalmente pela queda nos preços de alimentos como tomate, arroz, batata, açúcar e café, representa um alívio importante para o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda.
As maiores quedas foram registradas em Fortaleza (-6,31%), Palmas (-5,91%), Rio Branco (-3,16%), São Luís (-3,15%) e Teresina (-2,63%). Apenas cinco capitais apresentaram alta no custo da cesta.
Entre os produtos que mais contribuíram para o recuo, o tomate teve destaque, com redução em 26 capitais, chegando a -47,61% em Palmas. O arroz agulhinha também ficou mais barato em 25 capitais, enquanto o açúcar teve retração em 22 e o café caiu em 14. A batata apresentou queda em 10 capitais, com destaque para Brasília (-21,06%).
Por outro lado, alguns produtos registraram alta, como a carne bovina de primeira, que subiu em 16 capitais, com destaque para Vitória (+4,57%).
No trimestre entre julho e setembro, o levantamento mostra queda no custo da cesta básica em 25 das 27 capitais, como Fortaleza apresentando o maior recuo acumulado: de R$738,09 para R$677,42, uma redução de 8,96%. Também houve reduções expressivas em São Luís (-6,51%), Recife (-6,41%) e João Pessoa (-6,07%).
Os menores valores da cesta básica em setembro foram observados em Aracaju (R$ 552,65), Maceió (R$ 593,17), Salvador (R$ 601,74), Natal (R$ 610,27) e João Pessoa (R$ 610,93). Já o maior custo foi registrado em São Paulo, onde o valor chegou a R$842,26.
Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, a redução nos preços é resultado direto das ações do governo federal para garantir o abastecimento e fortalecer a produção de alimentos:
“A redução do custo da cesta básica em boa parte das capitais é sinal importante de que as políticas do Governo do Brasil de abastecimento e apoio à produção de alimentos estão funcionando.”
A pesquisa da Conab e do Dieese passou a ser feita em 27 capitais, antes eram 17, reforçando o acompanhamento nacional da Política de Segurança Alimentar e Nutricional e da Política Nacional de Abastecimento.
Os dados indicam uma tendência positiva para o restante do ano, com maior estabilidade no preço dos alimentos e reflexos diretos na mesa do brasileiro. Especialistas avaliam que a ampliação das políticas de abastecimento e apoio à agricultura familiar tem potencial para manter esse movimento de queda e garantir mais previsibilidade ao consumidor, fortalecendo o poder de compra das famílias.
