Nesta quinta-feira (2), a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação “Última Fase” com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos em diversos estados do país. A ação contou com o apoio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Estados envolvidos e mandados cumpridos
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. As investigações apontaram irregularidades em certames como o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024, conhecido como “Enem dos Concursos”, além de concursos das polícias civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Prisões e medidas cautelares
Até o momento, duas pessoas foram presas preventivamente, e o cumprimento do terceiro mandado está em andamento. Além disso, diversas medidas cautelares foram adotadas, incluindo o afastamento de servidores públicos envolvidos e o sequestro de bens.
Crimes investigados
Os suspeitos poderão responder por crimes como fraude em concurso público, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 10 anos de prisão. A Polícia Federal reforçou que continuará monitorando o caso e trabalhando em cooperação com Ministérios Públicos estaduais e federais para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.
Impacto e desdobramentos
Especialistas em gestão de concursos alertam que casos como esse reforçam a necessidade de adoção de mecanismos de segurança mais rigorosos, como fiscalização eletrônica e auditoria independente das provas, para proteger a integridade do processo seletivo. A operação também destaca a importância da colaboração entre diferentes esferas do governo e da sociedade para combater práticas ilícitas que comprometem a justiça e a transparência nos processos seletivos.