A pirataria de sementes se tornou um desafio crescente para o setor agrícola brasileiro, impactando diretamente a produção, a inovação tecnológica e a sustentabilidade. Estima-se que o mercado paralelo de sementes movimenta centenas de milhões de reais por ano, prejudicando produtores, empresas do setor e toda a cadeia produtiva.
Além do impacto econômico, o uso de sementes piratas compromete a diversidade genética das lavouras e a segurança alimentar. Esses produtos muitas vezes não passam por testes de resistência a pragas, doenças e condições climáticas, resultando em perdas de produtividade e aumento do uso de defensivos químicos.
Especialistas apontam que combater a pirataria é essencial para garantir a continuidade da agricultura sustentável no país. “Sem sementes certificadas, colocamos em risco anos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico que tornam o agro brasileiro competitivo e ambientalmente responsável”, alerta Mariana Ribeiro, especialista em direito agrário.
O governo federal tem intensificado ações de fiscalização e parcerias com associações de produtores, mas o setor aponta que também são necessários programas de conscientização e incentivos para o uso de sementes legais. Garantir a produção agrícola de forma responsável se torna cada vez mais crucial para manter o Brasil na vanguarda do mercado global de alimentos.
