A contratação de Gabigol pelo Cruzeiro, no início de 2025, gerou grande expectativa e uma recepção calorosa da torcida. No entanto, o atacante, que chegou como uma das principais apostas para a temporada, não tem sido uma peça constante no time titular sob o comando do técnico Leonardo Jardim. O treinador português tem sido questionado sobre a situação do camisa 9 e, em diversas ocasiões, explicou os motivos de suas escolhas, além de revelar detalhes sobre a relação com o jogador.
Apesar de Gabigol ser um dos líderes em participações em gols na temporada, com nove tentos e quatro assistências em jogos oficiais, sua presença no onze inicial não é garantida. Leonardo Jardim enfatiza que a competitividade do elenco e a busca por um equilíbrio tático são os principais fatores que influenciam suas decisões.
“A gente busca sempre este equilíbrio de forma a que ele e os outros, todo mundo, joguem, porque temos um grupo de jogadores que, com certeza, todo mundo quer jogar”, afirmou Jardim em uma de suas entrevistas. O técnico ressalta que o Cruzeiro tem um elenco qualificado e que cada atleta precisa conquistar seu espaço e mostrar seu valor nos treinamentos e nas oportunidades em campo.
Bastidores da Relação: “Franca e Frontal”
Sobre a relação com Gabigol, Leonardo Jardim faz questão de descrevê-la como “franca, principalmente, e frontal”. Ele elogia o atacante tanto como jogador quanto como ser humano. “Acho que o Gabriel é um grande jogador e um bom ser humano. Cada um tem que mostrar aquilo que vale e conquistar o seu espaço. É a nossa forma de trabalhar”, disse o português à TV Globo.
Essa postura transparente do treinador parece ter sido bem recebida pelo jogador. Apesar da condição de reserva em alguns momentos, Gabigol mantém uma atitude positiva e comunicativa com o grupo, o que satisfaz a comissão técnica. Houve até momentos de descontração, como quando Jardim brincou com o atacante após um gol, lembrando que havia previsto que ele teria uma chance em campo e que precisava aproveitá-la.
O Papel de Gabigol na Equipe
Com a chegada de Jardim, Gabigol tem assumido um papel mais discreto em campo em termos de minutagem, mas sua influência ainda é notável. Dados indicam que o camisa 9 jogou apenas 47,6% da soma total de minutos do Cruzeiro sob o comando do português. No entanto, ele tem contribuído com assistências e gols decisivos, mostrando sua capacidade de impactar o jogo mesmo vindo do banco.
A filosofia de Leonardo Jardim prioriza um projeto de médio prazo, focando na evolução progressiva da equipe. Ele busca construir um time com profundidade e diversas alternativas, o que significa que nenhum jogador, por mais badalado que seja, tem vaga cativa. A gestão do elenco, a intensidade nos treinos e a adaptação dos atletas ao esquema tático são aspectos cruciais para o técnico.
A torcida cruzeirense, que fez uma grande festa para receber Gabigol, segue atenta ao desempenho do atacante e às decisões do treinador. A expectativa é que, com o tempo e a continuidade do trabalho, Gabigol encontre a melhor forma e contribua ainda mais para os objetivos do Cruzeiro na temporada.
